sábado, 13 de agosto de 2016

Sistema São Mateus: Uma estratégia de recuperação de pastagens em solos arenosos



A Embrapa Agropecuária Oeste está divulgando um novo vídeo que apresenta o case de sucesso da fazenda São Matheus, localizada em Selvíria (MS), na região do Bolsão. A fazenda utiliza há a nove anos o Sistema São Mateus, que viabiliza a produção de soja em região com solos arenosos, contribuindo ainda com a recuperação das pastagens degradadas por meio de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP). 

O produtor rural Mateus Arantes, proprietário da fazenda São Matheus (fazenda que deu o nome ao sistema) está muito satisfeito com o uso da Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) que proporcionou a recuperação das pastagens e vem apresentando resultados financeiros positivos ao longo dos anos.

"Ainda no primeiro ano de implantação do Sistema São Mateus, a produção da safra de soja foi suficiente para pagar os gastos com a implantação do sistema, como insumos para correção química do solo, aquisição de sementes de pastagens adequadas ao solo arenoso e de sementes de soja", explica Arantes.

Curiosamente, Mateus destaca que um dos maiores obstáculos para a adoção da ILP é o costume arraigado da monocultura no cenário nacional. "A adoção do ILP demanda o desenvolvimento de novas habilidades por parte dos pecuaristas e dos agricultores, incentivando uma saudável troca de experiências e o fortalecimento de parcerias em favor do aumento da produtividade do campo, porém, isso envolve a quebra de paradigmas", analisa ele.

A região da Costa Leste de Mato Grosso do Sul, também conhecida como Bolsão-Sul-Mato-Grossense, possui solos arenosos e chuvas distribuídas durante o ano de forma irregular. Há muitos anos, acreditava-se que, por esses motivos, seria impossível implantar a agricultura, especialmente o cultivo de soja, na região.

Mas, depois de nove anos de trabalho com soja, pastagem e pecuária, profissionais da Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte e de instituições parceiras obtiveram resultados impressionantes. A média produtiva de carne subiu de seis para 20 arrobas por hectare e ainda foram obtidas 50 sacas de soja por hectare, em média, no mesmo sistema.

Isso significa que a prática da ILP viabiliza a agricultura na região, sem abandonar a pecuária. O sistema utilizado no Mato Grosso do Sul foi batizado como Sistema São Mateus (SSMateus). O destaque dessa tecnologia, validada pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS) e Embrapa Gado de Corte (MS), é a correção química e física do solo antes de implantar a lavoura, além da formação de palhada para o plantio direto da soja. "Após a colheita, a área é usada como pasto por dois anos, depois a soja retorna e assim vão se alternando", explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Júlio Cesar Salton.

Se adotada e conduzida de modo adequado e por um período suficientemente longo, o cultivo de soja, por meio de rotação de culturas, incluindo pastagens, apresenta inúmeras vantagens ao pecuarista: produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas, melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo; auxílio no controle de plantas daninhas, doenças e pragas; reposição de matéria orgânica e proteção do solo contra a ação dos agentes climáticos.

O plantio de braquiária costuma quebrar o ciclo de doenças e pragas que atacam a soja. "Porém, é bom lembrar também que soja não substitui a pastagem. Ela entra nas propriedades como uma boa alternativa rentável", ressalta o pesquisador.

O vídeo conta com apoio da Rede de Fomento em ILP. Foi realizado pelo Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Agropecuária Oeste e contou com a prestação de serviços da produtora de vídeo Via Rural, além do envolvimento da equipe de pesquisadores ao longo de todo o processo.

FONTE/ Embrapa

domingo, 10 de julho de 2016

Série de Seminários sobre PRADAM começa pelo Pará


Os princípios e tecnologias de produção sustentável no bioma amazônico preconizadas pelo Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM) – parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Brasil), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa - começaram a ser apresentadas para produtores, técnicos e estudantes nesta quarta-feira (6/7).

O primeiro seminário de sensibilização do projeto reuniu, aproximadamente, 200 pessoas, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá. Representantes do SENAR, da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) e do Mapa falaram sobre as quatro tecnologias oferecidas pelo PRADAM: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto (SPD), Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais (SAFs).

Para o presidente da FAEPA, Carlos Xavier, o bioma amazônico vem sendo explorado nas últimas décadas, mas outras iniciativas do Sistema CNA/SENAR, como o Projeto Biomas, já demonstraram que a região pode servir de vitrine tecnológica para o desenvolvimento de atividades agrícolas com retorno econômico. Ele ressalta que a pecuária é a principal atividade dentro do agronegócio do Pará e que o PRADAM vai contribuir para que se possa fazer recuperação de áreas degradadas e aumentar a capacidade de animais nas pastagens. “Em qualquer atividade econômica você precisa agregar tecnologia e vamos aprender a fazer isso aqui, inclusive para dar resultado para o nosso País. Não tenho dúvidas de que teremos resultados altamente satisfatórios”.

Na opinião do superintendente do SENAR-PA, Walter Cardoso, o PRADAM contribuirá de uma maneira efetiva para correções de situação referentes à proteção do ecossistema e para que os produtores obtenham uma melhor “performance” na sua atividade. “O projeto está exatamente condizente com a proposta do SENAR no estado do Pará e do SENAR Nacional. A nossa grande preocupação, como um todo, é levar aos produtores e trabalhadores rurais os bons ensinamentos para que eles possam desenvolver com sucesso o seu empreendimento agropecuário. Todo projeto que possa realmente contribuir para que o produtor rural tenha um melhor retorno econômico e social não só para si, mas como para a sua família também, nós apoiamos e vestimos a camisa”. Ele também entende que o PRADAM vai contribuir perante as cobranças dos órgãos governamentais, especialmente no que diz respeito às reservas florestais, áreas de conservação permanente, ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ao Licenciamento Ambiental Rural (LAR).

Durante o seminário, os participantes também puderam aprender ainda mais sobre as práticas do projeto em duas palestras ministradas por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental. “Sistemas agroflorestais: alternativa à diversificação, segurança alimentar e conservação dos recursos naturais” foi o tema abordado por Débora Veiga de Aragão. Já Moacyr Dias Filho falou sobre recuperação de pastagens e iLPF.

O coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, Matheus Ferreira, observa que além de disseminar os conceitos das tecnologias de uma forma “aplicável” para os participantes, os seminários têm a finalidade de acabar com a resistência que às vezes existe em relação a esse tipo de práticas e mostrar que elas são viáveis, rentáveis e trazem grandes benefícios para quem as utiliza. Ferreira observa, ainda, que o PRADAM tem outra função relevante: desmistificar a ideia de que a exploração agropecuária na Amazônia desmata e promove o trabalho escravo “Quando se fala em região amazônica como um todo, existe um grande interesse de todos os países do mundo. O que PRADAM também quer mostrar é que existem formas sustentáveis de se produzir sem degradar o meio ambiente e que as áreas estão sendo preservadas, respeitando a legislação e, sobretudo, com ganho para o produtor rural”.

Além dos eventos de sensibilização que acontecerão nos outros estados integrantes da iniciativa (Acre, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia), está sendo organizada uma turma de capacitação com 60 técnicos de ATeG (10 de cada estado participante). O primeiro módulo do treinamento vai ocorrer no dia 11 de julho, na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). Com carga horária de 180 horas/aula, a programação prevê conteúdo tecnológico, metodológico e gerencial.

Muitos benefícios com o PRADAM

O superintendente do Mapa no Pará, Josenir Nascimento, salienta que “cultura de recuperação de áreas degradadas” já é muito forte no Sul e Sudeste e é extremamente importante que o PRADAM traga isso para a região da Amazônia. “O maior patrimônio que é um produtor tem é a sua terra. Quando ele desenvolve um trabalho tecnificado para recuperar as suas áreas, ele está recuperando o seu patrimônio e isso é extremamente importante porque vai gerar mais renda e dar mais qualidade de vida para o produtor”. Outra vantagem que Nascimento enxerga no projeto é atender a uma demanda do mercado internacional, que prefere comprar de áreas certificadas e de origem, onde são conhecidas as práticas ambientais que os produtores utilizam.

Fábio Henrique Alves, que atua com técnico no SENAR-PA há mais de 15 anos, avalia que o principal benefício do PRADAM será a recomposição florestal e o alinhamento com as novas tecnologias de baixa emissão de carbono que são preconizadas pelo mundo. Segundo ele, o projeto poderá trazer vantagens tanto para grandes e médios produtores, através da recuperação de pastagens degradadas e do plantio de florestas plantadas, como para pequenos, que por meio da associação com serviços agroflorestais poderão obter uma fonte de renda extra durante todo o ano. Alves alerta que o principal desafio será promover uma mudança de paradigma em relação a uma cultura antiga que ainda existe na região que é a “derruba, queima e planta”. “Estamos trabalhando com algo que é meio ingrato que é a transferência por inveja. Nós vamos numa propriedade, aconselhamos um produtor que tenha um pouco mais de flexibilização, fazemos um trabalho lá e depois de dois ou três anos, quando esse produtor começa a ter retorno, a gente chama os outros pra mostrar que dá certo. Um produtor com outro produtor se entende melhor do que a gente ficar só falando de técnicas”.

O produtor rural e diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Maurício Fraga Filho, conta que quando a sua família chegou na região vinda de São Paulo, em 1973, era comum abrir áreas e “derrubar mato” para a pecuária. Mas agora isso mudou. Na opinião dele, o PRADAM, além de recuperar áreas degradadas e torná-las mais produtivas, terá o importante papel de evitar com que novas terras se degradem, o que vai estimular ainda mais o potencial produtivo da pecuária na região, que tem ótimas condições climáticas para a atividade o ano todo. “Tanto como pecuarista como diretor do sindicato, nós temos um interesse muito grande nesse projeto, mas o desafio sempre é financiamento. Precisamos de dinheiro para desenvolver esse projeto e reformar pastos. Cada vez os bancos exigem mais documento e isso dificulta um pouco o acesso ao crédito. Dinheiro tem, mas a dificuldade burocrática é o maior problema para a gente hoje”, afirma ele, que trabalha com recria e engorda de gado na região de Marabá.

FONTE: SENAR

sábado, 9 de julho de 2016

Adubar sim, mas com inteligência e estratégia



Para muitos agricultores, nas principais regiões produtoras de grãos do País, o investimento contínuo em adubação a cada safra é sinônimo de altas produtividades. A prática também é responsável por altos custos, já que corretivos e adubos representam 30% ou mais dos gastos em sistemas de produção que envolvem as culturas de soja e milho. A boa notícia é que pesquisadores da Embrapa e de outras instituições de pesquisa comprovaram, em experimentos conduzidos em áreas de produção comercial de grãos, que em muitas situações é possível reduzir ou até mesmo deixar de adubar por algumas safras, sem perdas significativas de produtividade.

"Em solos de fertilidade construída, situação típica da agricultura de alta produtividade na região de Cerrado, é comum que os agricultores continuem adubando com quantidades fixas de nitrogênio, fósforo e potássio por temerem possíveis reduções de produtividade. Esse procedimento pode ser equivocado e levar a perda de competitividade do agricultor", revela o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) Álvaro Vilela de Resende, membro da equipe do projeto "Eficiência do uso de fertilizantes e validação de novas tecnologias", que envolveu diversas Unidades de pesquisa da Embrapa, instituições externas e produtores rurais.

Solo de fertilidade construída é o nome que se dá ao status adquirido em sistemas de produção, principalmente no Cerrado, após investimentos sucessivos em calagem, gessagem e em adubações corretivas e de manutenção com fósforo, potássio e micronutrientes, associados ao estabelecimento do sistema plantio direto, que mantém ou aumenta o estoque de matéria orgânica no solo.

Com o manejo ao longo das safras, esses solos passam a apresentar condições físicas, químicas e biológicas adequadas para as culturas expressarem melhor o seu potencial produtivo. "Apesar de o nível de fertilidade do solo ser alto ou até muito alto, é comum que os agricultores continuem adubando. Essa prática tem resultado em adubações desnecessárias ou superdimensionadas, com baixa eficiência de uso dos fertilizantes", cita um trecho do artigo "Adubação, produtividade e rentabilidade da rotação entre soja e milho em solo com fertilidade construída", publicado na revista PAB (Pesquisa Agropecuária Brasileira), editada pela Embrapa.

Experimento conduzido em área de produção comercial de grãos
A equipe de pesquisadores conduziu o experimento em uma fazenda localizada em uma região produtora de grãos no noroeste de Minas Gerais, cujo solo vem sendo cultivado há 15 anos em sistema de plantio direto com fertilidade considerada de adequada a alta para a região do Cerrado. Três cultivos de verão, em condições de sequeiro, na sequência de rotação soja/milho/soja, foram avaliados, sendo deixada uma área controle com o manejo de adubação utilizado normalmente pelo agricultor. As demais doses das adubações incluíram quantidades de fertilizantes abaixo e acima das empregadas pelo agricultor. As adubações de semeadura foram realizadas no sulco, via semeadora, e as aplicações em cobertura foram feitas manualmente, com filete de adubo nas entrelinhas.

Na primeira safra, foi semeada uma cultivar precoce de soja RR, com estande de 380 mil plantas por hectare. O segundo plantio foi feito com um híbrido simples de milho, com 68 mil sementes por hectare. E, por fim, na última safra, usou-se uma cultivar precoce de soja RR com estande de 280 mil sementes por hectare.

Após a análise dos dados de produtividade, os pesquisadores concluíram que "nesses casos de elevada fertilidade do solo, a adubação de manutenção com quantidades que apenas reponham a exportação nos grãos constitui o manejo mais racional, uma vez que os nutrientes aplicados e não absorvidos pelas plantas podem ficar sujeitos a processos de perdas no sistema".

Outros resultados importantes obtidos foram que "a soja não respondeu às adubações NPK de semeadura ou de cobertura potássica, em nenhuma das safras" e que "a produtividade do milho (safra 2011/2012), no entanto, respondeu tanto à adubação NPK na semeadura como à cobertura nitrogenada, o que confirma a maior responsividade dessa cultura à adubação".

Os pesquisadores interpretam que "a ausência de resposta da soja e a resposta relativamente baixa do milho à adubação são indícios de que o solo, de fato, apresentava grande reserva de nutrientes, e de que é possível diminuir a quantidade de fertilizantes aplicados no solo avaliado. Portanto, a adubação com quantidades fixas de N, P e K não parece adequada para o manejo do sistema de produção de soja e milho em solos com esse padrão de fertilidade. Para otimização do dimensionamento das adubações é preciso investir em monitoramento do solo ao longo do tempo, ajustando o fornecimento de cada nutriente de forma individualizada, de acordo com um diagnóstico periódico da condição de fertilidade na lavoura".

Conclusões contundentes
O artigo publicado revela ainda que alguns autores sugerem que culturas mais responsivas, como a do milho, deveriam ser adubadas mais intensamente, enquanto as menos responsivas e de maior plasticidade, como a da soja, poderiam ser cultivadas apenas com a adubação de arranque e com a adubação residual da cultura anterior. Paradoxalmente, não é esta a constatação mais comum no campo. No estudo de caso relatado no artigo, a adubação otimizada representaria uma economia expressiva no uso de fertilizantes. "A dose de fertilizante normalmente utilizada na fazenda para a adubação de semeadura do milho (359 kg/ha) poderia ser reduzida em 47 kg/ha (13%), uma vez que a dose de máxima eficiência econômica foi de 312 kg/ha. Além disso, a adubação de cobertura nitrogenada poderia ser reduzida de 350 kg/ha para 263 kg/ha, ou em 25%. A soja, por sua vez, dispensaria adubação".

Portanto, de acordo com o pesquisador Álvaro Resende, o agricultor deve seguir estratégias como o monitoramento do solo e ter conhecimento das taxas de exportação de nutrientes pelas colheitas das culturas e avaliar o balanço de nutrientes no sistema para depois definir a necessidade de adubação. "Essas estratégias, relativamente simples e que podem ser incorporadas à rotina das fazendas, são decisivas quando se busca eficiência de gestão para maior competitividade na produção de grãos, com ganho de rentabilidade", diz. Ainda segundo ele, o monitoramento do sistema de produção por meio de análises de solo e a avaliação econômica realizada nos estudos conduzidos até agora indicam a necessidade de se reavaliar o manejo da adubação em solos de fertilidade construída, visando o uso mais eficiente de fertilizantes.




Fonte: EMBRAPA

segunda-feira, 6 de junho de 2016

III CICLO DE DEBATES DO GEOPLAN - CENÁRIOS URBANOS: RISCOS E VULNERABILIDADES NA GESTÃO TERRITORIAL

O Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial - GEOPLAN, informa que de 10 a 12 de agosto de 2016 será realizado o seu III Ciclo de Debates tendo como tema norteador os Cenários Urbanos: riscos e vulnerabilidades na gestão territorial. 

Temática essa que é de suma importância para a compreensão dos impactos antropogênicos no meio ambiente e consequentemente implantações e manutenção de políticas públicas de ordenamento territorial sustentáveis. Colaborando com o processo de seguridade socioambiental através de debates, troca de experiências e disseminação dos conhecimentos, de forma síncrona com as atuais demandas ambientais da sociedade, sejam elas teóricas e/ou técnicas operacionais.

Contribuindo com os debates pertinentes à temática, estará presente no evento o professor Dr. Lucio Cunha, Catedrático no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pesquisador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, no qual desenvolve pesquisas nas áreas de geomorfologia, estudos ambientais e de SIGs aplicados ao ordenamento territorial. 

O referido evento ainda contará com a realização de 5 (cinco) minicursos, lançamento de livros de pesquisadores do grupo e uma defesa de Tese. Deve-se ressaltar que o evento é gratuito, e suas inscrições deverão ser realizadas no site: www.sigaa.ufs.br. Para maiores informações entrar em contato através do e-mail contato@geoplan.net.br ou pelo fone (79) 2105-6796.

www.geoplan.net.br



domingo, 5 de junho de 2016

Dia do Meio Ambiente


XXVII Reunião Latinoamericana de Rizobiologia (Relar)

A XXVII Reunião Latinoamericana de Rizobiologia (Relar) será realizada de 06 a 09 de junho, no Hotel Sumatra, em Londrina (PR). A promoção é da Associação Latinomaericana de Rizobiologia (Alar), com realização da Embrapa Soja e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Na segunda-feira, dia 6, das 8h45 às 12h, haverá a sessão sobre Biodiversidade e Taxonomia. Nesta sessão, serão proferidas cinco palestras que irão expor estudos de biodiversidade realizados no México, no Brasil, no Peru, na Austrália e nos Estados Unidos. Um dos destaques nessa sessão será a palestra "Explorando simbioses tolerantes a estresses ambientais", proferida pelo professor Graham O´Hara, da Universidade de Murdoch, na Austrália.

O palestrante irá mostrar algumas estratégias utilizadas na Austrália para permitir o cultivo de leguminosas e forrageiras em condições de estresse, incluindo temperaturas elevadas, deficiências hídricas, solos ácidos e alcalinos. "Essas estratégias incluem principalmente a identificação de germoplasma adequado, tanto de plantas, quanto de microrganismos associados a essas plantas", explica a pesquisadora da Embrapa Soja Mariangela Hungria, presidente da Relar. Outra estratégia, segundo ela, consiste no estudo de genomas de microrganismos e de plantas que apresentam tolerância a estresses, visando o desenvolvimento de germoplasma transgênico e tolerante. O Brasil é reconhecido por abrigar uma das maiores biodiversidades do mundo. Mariangela reforça, contudo, que essa biodiversidade precisa ser estudada para ser conhecida, preservada e explorada de um modo sustentável.

Também na segunda-feira, das 13h30 às 17h, haverá a sessão Ciências "Ômicas". Nesta sessão serão apresentados os resultados de estudos de genômica obtidos com plantas e microrganismos por especialistas da Argentina, Chile, Espanha, Uruguai e México. Um dos destaques nessa sessão será para a palestra "Quanto avançamos no conhecimento sobre a regulação dos genes nodD?", proferida pelo professor Manuel Megías, da Universidade de Sevilha, na Espanha. O gene nodD atua na coordenação de alguns genes das bactérias que, em associação com diversas leguminosas, realizam a fixação biológica do nitrogênio.

Segundo Mariangela Hungria, por meio de estudos de genômica, o grupo da Universidade de Sevilha, em colaboração com os microbiologistas da Embrapa Soja, conseguiram manipular os genes nodD em uma estirpe de rizóbio que faz a nodulação do feijoeiro. "O conhecimento sobre como ocorre a nodulação foi esclarecido abrindo portas para uma série de inovações tecnológicas", diz. "Em um primeiro passo, foi desenvolvido um produto biotecnológico que permite maior nodulação das plantas e que, inclusive, já vem sendo comercializado no Brasil com sucesso", destaca.

Sessão Pôster - Na sessão de pôsteres, das 17h às 19 h, serão apresentados 54 pôsteres sobre esses dois temas, com participantes de diversos países.

Lançamento de livro - Também será feito o lançamento oficial do livro de metodologias, "Working with Rhizobia", ou seja, "Trabalhando com Rizóbios". A publicação detalha as principais metodologias para permitir a qualquer cientista no mundo desenvolver trabalhos com bactérias fixadoras do nitrogênio. O livro conta com ampla participação de pesquisadores brasileiros, sendo bastante expressiva a contribuição da Embrapa Soja.

Temática - O tema escolhido para a XXVII Relar é "Fortalecendo as Parcerias Sul-Sul", considerando-se como Sul-Sul não só as parcerias dentro da América Latina e Caribe, como também as que vêm sendo estabelecidas entre países esses países e a África e Oceania. "A escolha do tema foi definida pela identificação de que as parcerias Sul-Sul podem ser muito mais eficientes no tema de microrganismos destinados à agricultura do que as parcerias Norte-Sul", explica a presidente do evento, Mariangela Hungria.

Com base no tema escolhido, o programa da XXVII Relar contará com 40 palestras, de palestrantes de 14 países da América do Sul, Central, Europa, África e Austrália. O programa inclui nomes da ciência básica e aplicada, com representantes dos setores públicos e privados.

Relare - A XVIII Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola (Relare) será realizada nos dias 09 e 10 de junho, no Hotel Sumatra, em Londrina (PR) com participação de representantes de instituições de pesquisa, das indústrias de inoculantes - em sua maioria congregadas na Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) - e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Informações no site do evento: http://www.relar2016.com/pt/

SERVIÇO

Evento 1 : XXVII Reunião Latinoamericana de Rizobiologia (Relar)
Data: 06 a 09 de junho
Local: Hotel Sumatra, em Londrina (PR).

Evento 2: XVIII Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola (Relare)
Data: 9 e 10 de junho
Local: Hotel Sumatra, em Londrina (PR).

sábado, 4 de junho de 2016

Classificação de solos vai chegar a dispositivos móveis

Projeto liderado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) pretende levar a classificação de solos para smartphones e tablets. O SMARTSolos, utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), vai permitir que o produtor rural visualize a classificação do seu solo em tempo real, de acordo com a entrada de dados.

"O SiBCS é uma referência no ensino de solos, na pesquisa e na extensão rural, além de ser um dos principais produtos da Embrapa. Se automatizado em linguagem acessível, além de poupar tempo e minimizar eventuais erros humanos, ele poderia, por exemplo, utilizar o reconhecimento de voz para entrada de dados, dispensando a digitação; organizar a saída de resultados em diferentes formatos de arquivo (.txt, .doc, .xls), e compartilhá-los instantaneamente (email, wifi, bluetooth, 3G, 4G)", revela o pesquisador da Embrapa Solos Luís de França da Silva Neto. Além disso, o SMARTSolos vai fazer a correspondência das classes de solo do SiBCS com as classes de solo de outros sistemas taxonômicos como o WRB da FAO com um simples toque na tela do smartphone.

O SMARTSolos também terá múltiplas interfaces, com a expectativa de fornecer a informação de solos de forma útil e acessível para públicos diferenciados como agricultores, estudantes, profissionais/professores/pesquisadores. Daí a importância de nossa equipe ser composta por pessoas de diversas áreas (pedologia, etnopedologia, tecnologia da informação, transferência de tecnologia e do comitê do SiBCS), em parceria com a Embrapa Informática Agropecuária e a Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O aplicativo não será apenas um classificador de solos. Ele pretende ser um conceito, uma marca da Embrapa Solos, que reunirá numa mesma plataforma vários aplicativos a serem desenvolvidos ou adaptados para dispositivos móveis. O SMARTSolos deverá ser capaz de adaptar a informação de solos não apenas às tecnologias atuais, mas também às tecnologias emergentes (impressão 3D, realidade virtual, novas interações com o "Big Data", etc).

Vale lembrar que esses dispositivos são cada vez mais utilizados nas áreas médica e científica. Na área agronômica, por exemplo, a quantidade de aplicativos para smartphones e tablets é extensa. Curiosamente, a quantidade de aplicativos voltados à área de solos ainda é escassa, e no Brasil, inexistente.

A elaboração do SMARTSolos começa em agosto, espera-se que o aplicativo esteja pronto em 24 meses.


FONTE: Embrapa

terça-feira, 12 de abril de 2016

O que você sabe sobre solos?

A FAO criou um questionário visando avaliação do seu conhecimento sobre os solos. Vamos responder para descobrir o quanto conhecemos sobre o solo. Deixe nos comentários seu resultado !!

Para responder clique AQUI

segunda-feira, 11 de abril de 2016

II AMAZON SOIL


A Universidade Federal Rural da Amazonia (UFRA), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) e a prefeitura municipal de Capanema, promove o II Amazon Soil. O Evento sera realizado no município de Capanema - PA no período de 10 a 13 de agosto de 2016.

Os resumos poderão ser enviados ate o dia 15 de ABRIL. Para mais informações sobre os resumos e acessar o modelo do evento clique AQUI

 A programação inclui palestras sobre uso do fogo e queimadas, degradação de pastagens x degradação de solos, exploração mineral, plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, remediação de solos, entre outros.

Para mais informações e acessar a programação completa do evento AQUI

domingo, 10 de abril de 2016

UFV: Solos e Nutrição de Plantas - Processo seletivo Aberto para Mestrado e Doutorado 2016-II


Estão abertas as inscrições para Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas promovido pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. O período FINAL da inscrições é dia 15 de Abril. Serão disponibilizadas 14 vagas, sendo 8 de mestrado e 6 de doutorado.

As linhas de pesquisa desenvolvidas na UFV são:

1. GEOQUÍMICA, MINERALOGIA DE SOLOS E REMEDIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS - Propriedades do solo e fenômenos físico-químicos. Tratamento e reciclagem de resíduos. Metais pesados no sistema solo-planta. Drenagem ácida. Recuperação de áreas degradadas. Gênese, estrutura e identificação de minerais. Mecanismos Redox. Adsorção e troca iônica em solos de carga variável. 

2. PROCESSOS PEDOGENÉTICOS E RELAÇÃO SOLO-AMBIENTE - Processos de gênese das classes de solos brasileiros (atributos químicos, físicos, mineralógicos e micromorfológicos). Evolução pedogeomorfológica, levantamento de solos e aptidão agrícola, com ênfase em técnicas de geoprocessamento. 

3. ALTERAÇÕES DE PROPRIEDADES EDÁFICAS EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO - Bacias hidrográficas como unidade de manejo dos solos. Dinâmica de água e solutos no sistema solo-planta. Compactação, adensamento e encrostamento de solos. Retenção de água em substratos para plantas ornamentais. Perdas por erosão. 

4. MANEJO NUTRICIONAL DE AGROECOSSISTEMAS - Eficiência de absorção e utilização de nutrientes, formas de nutrientes e equilíbrios catiônicos e aniônicos em plantas; compartimentalização e translocação de nutrientes. Status nutricional de plantas; correção e adubação do solo para os cultivos. 

5. MATÉRIA ORGÂNICA E SUSTENTABILIDADE DE AGROECOSSISTEMAS - Aporte e dinâmica de matéria orgânica no solo. Características das substâncias húmicas. Adubação verde. Biologia do solo. Modelos matemáticos aplicados à dinâmica da matéria orgânica do solo. 

6. FATORES E PROCESSOS EM SOLOS DE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS - Ciclagem de carbono e nutrientes em formações florestais. Nutrição mineral de espécies florestais. Correção e fertilização de solos cultivados com espécies florestais. Classificação de sítios. Implicações das técnicas de manejo na produtividade florestal.


O PROCESSO DE SELEÇÃO CONSISTE DE DUAS FASES:

I - PRIMEIRA FASE: ANÁLISE DE CURRÍCULO

Envolve o julgamento da documentação exigida na inscrição efetuada de forma on-line pelo candidato.
Os documentos necessários, bem como o sistema para a realização da inscrição on-line são disponibilizados em: https://www3.dti.ufv.br/ppg/sisppg-inscricao-pos/instrucoes-inscricao-candidato/
Uma vez no “Sistema PPG – Inscrição Pós-graduação”, clicar em “Confirmo a leitura das instruções para a inscrição” e em “INSCREVER-SE” para permitir acesso.
Após iniciada a inscrição, o retorno ao sistema para modificações ou inserções adicionais pode ser conseguido em “CONSULTAR INSCRIÇÃO”, desde que a inscrição não seja finalizada.

Para verificar os critérios da primeira fase da seleção acesse: Criterios Selecao PPGSNP-UFV.

IMPORTANTE:

- TODOS os arquivos referentes à documentação a serem inseridos no “Sistema PPG – Inscrição Pós-graduação” devem ser em formato PDF.

- No procedimento de inscrição, em “Documentos a Enviar” no item “Curriculum vitae” deverá OBRIGATORIAMENTE ser anexado o “Currículo específico do Programa” do PPGSNP-UFV.

- O Currículo específico do Programa do PPGSNP-UFV está disponível para download em dois locais: 1) em “Download de documentos”, na página da inscrição on-line, com o nome “Curriculum Vitae PPGSNP/UFV”, ou 2) no link: Curriculum_Vitae_Especifico_Programa

- O currículo deverá ser preenchido no formato “Word”, ter suas páginas numeradas e ser salvo posteriormente em formato “PDF”, antes de ser anexado à inscrição.

- Os comprovantes dos dados informados no “Curriculum Vitae Específico do Programa” devem ser escaneados em formato “PDF” em um ÚNICO ARQUIVO. Esse arquivo deve ser anexado no item: “Comprovantes solicitados no “Curriculum Vitae Específico do Programa” – arquivo único.”

- PROJETO DE PESQUISA: Somente aos candidatos ao Doutorado é exigido a apresentação de um projeto de pesquisa COMPLETO, cujo arquivo deverá ser anexado em “Documentos obrigatórios a enviar”, no formato PDF.

- PLANO DE TRABALHO: Somente aos candidatos ao Mestrado é exigido a apresentação de um plano de trabalho: “Assunto de preferência para desenvolver o trabalho de dissertação e a forma de utilização dos novos conhecimentos a serem adquiridos. Como sugestão o Plano de Trabalho deve constar, em no máximo 2 páginas: justificativa, breve revisão de literatura, objetivo geral e aspectos metodológicos gerais”. O arquivo deverá ser anexado em “Documentos obrigatórios a enviar”, no formato PDF.

- CARTAS DE RECOMENDAÇÃO: São exigidas de cada candidato ao Mestrado e Doutorado três cartas de recomendação de pessoas ligadas à sua vida acadêmica. Estas cartas deverão ser encaminhadas para o PPGSNP-UFV pelo próprio informante. O endereço para o envio encontra-se no rodapé da carta de recomendação. O arquivo com a carta de recomendação está disponível para download em: CARTA DE RECOMENDACAO

- TAXAS DE INSCRIÇÃO: o boleto deve ser impresso através da página da inscrição on-line na opção “Boleto de Inscrição” no item “Inscrição”.
Candidato Brasileiro …………………………………………………………. R$ 116,00
Candidato Estrangeiro ………………………………………………………. R$ 116,00
(Candidato estrangeiro residente no exterior deverá efetuar o pagamento da taxa por meio de transferência bancária internacional (Wire Transfer), com os seguintes dados para crédito: Banco do Brasil / Universidade Federal de Viçosa / Av. P.H. Rolfs, s/n – Campus Universitário – Viçosa-MG – CEP: 36570-900 / SWIFT: BRASBRRJBHE).



II - SEGUNDA FASE: REDAÇÃO, INTERPRETAÇÃO DE ARTIGO E ARGUIÇÃO

Os candidatos selecionados na primeira fase serão submetidos à ARGUIÇÃO presencial ou à distância, e deverão ainda redigir uma REDAÇÃO sobre temas gerais relacionados à ciência do solo. Adicionalmente, os candidatos ao Doutorado deverão redigir um texto interpretativo de um ARTIGO científico.
O tema da REDAÇÃO e o ARTIGO científico a ser interpretado serão encaminhados por e-mail aos candidatos, bem como os prazos/horários a serem cumpridos.
No caso da ARGUIÇÃO à distância, o candidato deverá providenciar as condições necessárias para que a Comissão Avaliadora entre em contato com o mesmo, sendo requerida uma conexão adequada (banda larga) e o Programa SKYPE com WEBCAM.

IMPORTANTE: processos incompletos não serão aceitos.


Para informações adicionais, o interessado deverá dirigir-se à:

Coordenação de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas

Departamento de Solos
Universidade Federal de Viçosa
36570-900 – Viçosa, MG
Telefone: (31) 3899-2632
E-mail: snp@ufv.br
Site: www.possolos.ufv.br